Escrito por Caroline Capitani e Julia Dietrich,
5 minutos de leitura
A revolução digital na indústria bancária brasileira: uma década de transformação
Saiba como a revolução digital na indústria bancária está transformando o setor financeiro brasileiro, trazendo mais inovação e segurança aos clientes.
Nos últimos dez anos, a indústria bancária brasileira passou por uma profunda transformação, movida pelo avanço tecnológico. As pesquisas anuais da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) revelam uma trajetória marcada pela digitalização, inovação e adaptação constante às novas demandas dos clientes. Este artigo examina como essas mudanças moldaram o setor, trazendo mais conveniência e segurança para os usuários.
2013: Primeiros passos na digitalização
Em 2013, os bancos brasileiros começaram a explorar o potencial dos canais digitais. A introdução de serviços bancários pela internet e mobile banking iniciou a transformação do setor, oferecendo aos clientes uma conveniência sem precedentes. Essa mudança inicial foi fundamental para preparar o terreno para as inovações que viriam nos anos seguintes.
2014: A ascensão dos serviços digitais
O ano de 2014 marcou um ponto de inflexão, com a popularização dos serviços bancários pela internet e mobile. As agências bancárias começaram a se reinventar, focando mais em consultoria e relacionamento com o cliente, enquanto enfrentavam os desafios da transformação digital.
2015: Consolidação dos canais digitais
Em 2015, o crescimento dos canais digitais continuou a todo vapor. O internet banking e o mobile banking se tornaram parte integrante da rotina dos clientes, mas as agências e caixas eletrônicos ainda mantinham sua relevância. Os bancos começaram a modernizar o back-office para acompanhar a transformação digital.
2017: Consultoria personalizada e novas tecnologias
Com base nos dados de 2016, 2017 destacou-se pelo reforço do papel consultivo das agências, oferecendo serviços personalizados aos clientes. Os bancos também começaram a explorar tecnologias como o blockchain, visando aumentar a segurança e a eficiência. A personalização e a experiência do cliente tornaram-se prioridades.
2018: Redução da pegada física e investimento em tecnologias emergentes
Em 2018, os investimentos em tecnologias emergentes continuaram a crescer, refletindo a necessidade de atender às novas demandas dos clientes. A redução do número de agências foi uma tendência clara, impulsionada pela crescente adoção dos canais digitais.
2019: Big Data e Inteligência Artificial
O ano de 2019 viu a importância do Big Data e Analytics para a tomada de decisões estratégicas. A inteligência artificial (IA) começou a ganhar destaque, com investimentos em automação e atendimento ao cliente, marcando uma nova fase na transformação digital do setor bancário.
2020: Aceleração dos investimentos em IA
Em 2020, a integração da IA em várias operações bancárias foi acelerada. Os chatbots e assistentes virtuais foram aprimorados para oferecer uma melhor experiência ao cliente, refletindo a centralidade da IA nas estratégias dos bancos.
2021: Domínio dos canais digitais e open banking
O ano de 2021 foi marcado pelo domínio dos canais digitais, com o mobile banking liderando as transações e o Pix ganhando espaço rapidamente. O investimento em tecnologia aumentou significativamente, focando em IA, RPA, segurança e trabalho remoto. O Open Banking começou a promover parcerias e a expansão de canais.
2022: Ascensão do open finance e foco na segurança cibernética
Em 2022, o Open Finance e a análise de dados para personalização de serviços ganharam destaque. A segurança cibernética e a migração para a nuvem tornaram-se prioridades, com investimentos substanciais em Big Data.
2023: Consolidação digital e movimentos emergentes
O ano de 2023 foi de consolidação das iniciativas digitais, com foco em jornadas de clientes personalizadas e ágeis. A otimização de sistemas legados com a nuvem foi priorizada, e novos investimentos em ESG, tokenização, Real Digital, 5G e metaverso começaram a ser explorados.
2024: Personalização e expansão de ecossistemas digitais
Em 2024, a personalização e a fidelização do cliente, utilizando dados para entender seu comportamento, foram intensificadas. A expansão para ecossistemas digitais, com ofertas de marketplace e parcerias estratégicas, tornou-se uma realidade, integrando o setor bancário a outros segmentos do mercado.
A última década foi transformadora para a indústria bancária brasileira, com a tecnologia redefinindo a conveniência e a segurança para os clientes. A jornada desde os primeiros passos na digitalização até a exploração de tecnologias emergentes mostra um setor em constante evolução, pronto para os desafios e oportunidades do futuro. E o futuro promete ainda mais avanços, com um foco crescente na personalização, integração de ecossistemas e inovação contínua.
Este artigo foi escrito com base nas análises das pesquisas disponibilizadas no site da FEBRABAN