Escrito por Luciane Schwalbe,
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Como transformar a simplicidade em inovação para seu negócio
Pensar nos pilares “problema, segmento, produto e tecnologia” vai nortear o mapeamento de insights e, a partir daí, ajudar a identificar ideias inovadoras.
As ideias inovadoras vêm de onde?
Quando pensamos em inovação, logo somos levados a imaginar coisas mais complexas, como drones, foguetes e uma série de ferramentas tecnológicas que transcendem a imaginação de muitas pessoas.
Mas se analisarmos tantos exemplos de ideias inovadoras, chegamos à conclusão de que a grande complexidade está na forma de olhar algo por uma perspectiva diferente e torná-lo simples.
Um exemplo recente, em meio à pandemia e em tempos desafiadores que vivemos, foi uma ideia simples de uma técnica de enfermagem brasileira difundida por diversos hospitais mundo afora e que trouxe conforto a muitas pessoas internadas em decorrência da Covid-19. Ela percebeu que, ao segurar as mãos dos pacientes, estes ficaram mais calmos e serenos. Assim, começou a utilizar luvas de látex cheias de água morna, com o intuito de assemelhar o contato humano e amenizar o sofrimento causado pela situação.
Portanto, inovar é transformar (processo de tratamento) novas (para o mercado, para sua empresa) ideias (produto, processo, canal, cliente…) em resultados (econômico, financeiro, social, ambiental…). E ter criatividade é saber conectar essas ideias e soluções.
E como ser criativo?
O primeiro passo é ter repertório: amplie sua área de conhecimento. Rodeie-se de pessoas que sabem mais do que você em assuntos diversos, participe de eventos ligados a temas de seu interesse e esteja atualizado com conteúdos que são publicados em veículos de negócios, nas redes sociais e em reports de tendência. Além do mais, vivemos hiperconectados e o digital não pode estar fora de nenhuma estratégia, afinal somos “digital e people first”.
Outro ponto que devemos ter sempre em mente é que o consumidor/usuário é o centro de tudo. Ele, que já tem trazido tantas mudanças no varejo, por exemplo, está cada vez mais exigente e engajado com valores e causas sociais.
Prova disso é a área da biomimética, que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando a criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unindo funcionalidade, estética e sustentabilidade – que desponta gradativamente.
Pensar nos pilares “problema, segmento, produto e tecnologia” vai nortear o mapeamento de insights e, a partir daí, ajudar a identificar ideias inovadoras.
1 – Qual o Propósito? A inovação motivada pelo propósito cria valores econômicos e contribui para o bem-estar individual e social;
2 – Análise: compreende oportunidades emergentes;
3 – Estratégia: alinhe oportunidades para a sua organização;
4 – Parta para a Idealização: estudo da viabilidade.
De curativos com variedade de tons de pele, linha de cosméticos para pessoas com Parkinson, biossensores que asseguram a qualidade de alimentos, inteligência artificial que cria imagens a partir de descrições de textos, tecidos inteligentes, games usados em tratamentos de crianças com TDAH a drones que usam antenas de mariposa para detectar substâncias químicas em ambientes, o que não podemos fugir é do olhar atento para as necessidades dos consumidores e lembrar que, cada vez mais, as pessoas procuram por produtos e serviços personalizados. Para isso, há dois caminhos: analisar constantemente o contexto atual e olhar para tendências.
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