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O termo FinOps é uma combinação de “finance” e “DevOps“, ambos orientados para o mundo cloud. Mas não se trata apenas de uma fusão terminológica – representa uma mudança cultural necessária em equipes que lidam com a cloud, desde engenheiros a gestores financeiros.
Em uma perspectiva global, as organizações estão cada vez mais apostando na adoção ampla do uso de Cloud Services. De acordo com Gartner, até 2027, a computação em nuvem não será apenas uma estratégia tecnológica, mas o principal motor da Inovação.
Implementar FinOps vai além de gerir tecnicamente uma infraestrutura Cloud, seja ela centralizada ou multicloud. É uma prática que transcende as barreiras técnicas, alcançando níveis estratégicos dentro das empresas.
Métodos tradicionais de infraestrutura precisam evoluir e escalar para que as empresas possam inovar e obter retornos significativos. Em 2023, a FinOps Foundation definiu o termo como: “uma disciplina financeira em nuvem , em evolução e prática cultural , que permite às organizações extrair o máximo valor empresarial, promovendo colaboração entre equipes de engenharia, finanças, tecnologia e negócios em decisões de gastos orientadas por dados.”
O cerne do FinOps é cultural. Não estou a minimizar outras áreas, como engenharia ou produtos. É sobre garantir que todos avancem em harmonia, sustentados por práticas sólidas e valores compartilhados.
Vejamos um exemplo que hoje ocorre em diversas empresas. Em um ambiente tradicional de TI com servidores virtualizados, a previsão de custos é essencial. No entanto, muitas vezes subestimamos nossas necessidades para evitar surpresas financeiras futuras. Na era do FinOps, usando recursos de Cloud (sejam públicos, privados ou datacenters locais) adequadamente planejados, o custo da infraestrutura pode ser atrelado ao custo do produto entregue.
Com práticas de FinOps eficientes, é possível perceber o valor investido em cada cliente, transformando o “custo fixo de TI” em “custo por cliente”, melhorando a eficiência dos números e adicionando valor ao negócio.
A tomada de decisões orientada por dados é outra vertente crucial. Indicadores precisos, combinados com uma prática de FinOps robusta, oferecem clareza e impulso para decisões de negócios. Se você entende FinOps apenas como uma maneira de economizar dinheiro, é hora de reconsiderar. FinOps é sobre fazer dinheiro.
O “Efeito Prius” é uma analogia perfeita. Assim como um carro híbrido usa energia de forma eficiente, adaptando-se instantaneamente às demandas de velocidade, as empresas devem ser capazes de escalar recursos de acordo com a demanda, otimizando custos e aproveitando oportunidades.
Espero que este artigo ofereça clareza e inspire aqueles que buscam maximizar o valor de suas empresas por meio do FinOps.