Escrito por Caroline Capitani,

6 minutos de leitura

Design como ferramenta poderosa para a transformação dos negócios

Disciplina se tornou peça fundamental em um mundo repleto de possibilidades e desafios, sendo um grande ativo da transformação digital.

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Nos últimos anos, o termo design digital se popularizou no universo corporativo. Inicialmente, havia uma visão limitada sobre o significado e o poder de transformação dessa disciplina. Hoje em dia, a área de design é considerada um dos principais vetores de crescimento dentro das empresas, possibilitando que se criem conexões entre tendências que transformam a vida e a forma de se relacionar das pessoas e os produtos e serviços.

A palavra design significa projeto; entretanto, por muitos anos, perdurou-se a ideia de que esse termo se relacionava apenas à aparência de algo, e não a sua funcionalidade. Com o passar do tempo – e com diferentes processos de transformação digital iniciados por diversas áreas de tecnologia e negócios –, o conceito passou a ser utilizado também com objetivos estratégicos.
 

 
O design possui uma premissa fundamental: tudo o que for planejado deve ter forma e função, sem perder de vista o público para o qual foi projetado, que é a real razão de existir. Embora pareça básico, havia pouca preocupação por parte das empresas, em especial as não nativas digitais, em entender que novas soluções precisam considerar a usabilidade e a experiência para dar o retorno do negócio esperado. Isso não é mais um extra, mas sim fator chave de sucesso em um mundo no qual o usuário está cada vez mais empoderado e exigente.

Com o objetivo de colocar as pessoas no centro, a disciplina tornou-se uma peça fundamental em um mundo repleto de possibilidades e novos desafios, sendo um grande ativo da transformação digital. Perceber as dores dos usuários, pesquisar a concorrência e entender de que forma as tendências impactam o negócio, funções básicas do design, favoreceram o desenvolvimento da cultura da inovação. Isso promoveu avanços em definições de estratégias e aperfeiçoamento de processos. Por meio de técnicas co-criativas, gerou provocações nas instituições, nas pessoas, e impulsionou também um alto impacto nos negócios.

 

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É natural do ser humano pensar em ideias e soluções olhando para o que a concorrência está fazendo. Problematizar, entender a fundo qual a “dor” que está sendo endereçada, sem dúvida nenhuma, ocorre em menor escala. Por exemplo, pensar nos problemas que estão sendo resolvidos e se as soluções propostas facilitarão a vida dos envolvidos não é algo trivial. É fundamental que esse modelo mental avance ainda mais nas empresas.

Quando começamos a área de Digital Design e Inovação na ilegra, há 10 anos, tínhamos desafios diferentes. Precisávamos mostrar para as empresas o quanto era importante provocar mudanças e evoluir. Hoje, já percebemos um entendimento de nossos clientes sobre a necessidade de estar em constante evolução. Desenvolvemos estratégias de negócios que diferenciam as empresas, por meio do design de experiência e das novas tecnologias. E os resultados já estão aí, como mostra a pesquisa Business Value of Design, da consultoria McKinsey: companhias com alto desempenho em design têm 32% a mais de receita em relação aos seus concorrentes.
 

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Para que uma transformação aconteça, é fundamental questionar as verdades estabelecidas, em vez de ponderar unicamente sobre as questões operacionais. Ou seja, é preciso pensar antes e além do software. Buscar a diferenciação significa redesenhar produtos, estratégias e a maneira como os resultados são atingidos. E é por esse motivo que, cada vez mais, as áreas de design digital oferecem mudanças centradas em pessoas, capazes de inovar – e até de revolucionar – negócios.

A década que estreamos em meio à pandemia tem um olhar mais voltado para a transformação da sociedade. Agora, precisamos ir além da transformação digital registrada entre 2010 e 2020. O design é a disciplina que pode ajudar a questionar o status quo e a endereçar os problemas empresariais e sociais complexos que ainda teremos que enfrentar.

 

Este artigo da VP de Design e Inovação na ilegra, Caroline Capitani, foi publicado originalmente no it Forum. 

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