Escrito por Hayane Leotte,

5 minutos de leitura

O impacto positivo da flexibilização nas relações de trabalho

A flexibilidade é um elemento valoroso nos formatos de trabalho híbrido e remoto e um diferencial entre manter e perder colaboradores.

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Apesar de opiniões polêmicas como a de Elon Musk, que no início de junho decidiu resgatar o trabalho presencial para todos os funcionários da Tesla, inúmeros estudos indicam que a flexibilidade é um diferencial entre manter e perder colaboradores. Em pesquisa recente realizada e divulgada pelo Linkedin com 1160 participantes, 78% dos entrevistados responderam que é necessário uma alternativa ao modelo tradicional – mais rígido em relação a horários e local de trabalho.

Muitas empresas podem alegar que a flexibilidade no ambiente empresarial pode ocasionar falta de controle nos fluxos de trabalho e esconder um possível desinteresse por parte do colaborador na execução das atividades do dia a dia. Entretanto, é importante observar atentamente as diversas pesquisas realizadas no futuro do trabalho que indicam justamente o contrário.

 

Pesquisa Linkedin

Apontamentos da pesquisa realizada pelo Linkedin indicam que os entrevistados buscam vagas que sejam flexíveis por diversos motivos como: ajuste entre vida privada e trabalho (49%), produtividade (43%) e melhora da saúde mental. Inclusive, já trouxemos um artigo sobre a importância da saúde mental no trabalho digital. Outros motivos importantes elencados foram: prosperidade (33%), rápido desenvolvimento na carreira (28%) e entendimento que a empresa tem confiança no trabalho feito (25%).

Além disso, 40% dos entrevistados demonstraram vontade de largar seus empregos por falta de flexibilidade no ambiente de trabalho e quase 30% os deixaram efetivamente.

A pesquisa também demonstrou a vontade dos entrevistados de realizarem pausas na sua carreira profissional, cerca de 79% dos entrevistados concordam com essa afirmação. Dentre as justificativas então: viagens (44%), requalificação profissional (34%), descanso (34%), empreender (33%) e filhos (22%).

 

Novo cenário pós pandemia

O trabalho híbrido e remoto já eram tendências mesmo antes do início da pandemia de COVID 19. Empresas de diversos segmentos, mas principalmente da área de tecnologia, já indicavam a necessidade de unir times que cada vez mais tornaram-se globais.

Em 2019, a International Workplace Group (IWG) realizou um levantamento que indicava que 83% dos entrevistados apontavam que a flexibilidade era um motivo determinante para aceitar uma proposta de trabalho. Essa pesquisa foi realizada com mais de 15 mil pessoas em diversos países, inclusive o Brasil.

Entretanto, o processo de implementação dos trabalhos híbrido e remoto foi acelerado com a pandemia. Com a impossibilidade de reunir equipes inteiras nos escritórios devido ao distanciamento social, as empresas se viram obrigadas a rever seus formatos. E, com esse cenário, a flexibilidade ganhou espaço dentro das empresas.

Ao contrário do que se poderia imaginar, o trabalho flexível traz vantagens para empresa e funcionários. As empresas podem direcionar a sua energia para soluções integradas em nuvem que agregam a possibilidade de acesso em qualquer lugar e horário, além de investir o valor na formação do seu colaborador e retenção dos seus talentos.

Do ponto de vista do funcionário, estar mais perto dos familiares, gerenciar a casa e otimização do tempo são fatores são de suma importância. Em pesquisa divulgada pela Ranstad em 2021, 92% dos entrevistados afirmam que gostariam de flexibilidade para realizar outras atividades.

A flexibilidade é um elemento valoroso nos formatos de trabalho híbrido e remoto. Com rotinas que se ajustam às necessidades do trabalhador, o profissional tende a ficar mais realizado, o que resulta no aumento da sua produtividade e de resultados positivos para a empresa.

 


 

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Até a próxima!

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