Escrito por ilegra,
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Tendências em tecnologia para os negócios: saiba o que considerar em 2022
Características digitais, como disponibilidade, resiliência e experiência digital first, vieram para ficar. Você está conduzindo sua organização para o caminho certo no próximo ano?
Dois anos lidando com uma pandemia e suas consequências deixaram marcas profundas em empresas, consumidores e trabalhadores. O mundo que conhecemos antes de 2020 nunca mais retornará: novos hábitos foram criados e adaptações provisórias se tornaram definitivas, criando modelos de negócio que favoreceram ou prejudicaram organizações e mercados. Uma coisa é certa: quem estava mais preparado tecnologicamente e teve fôlego para inovar certamente cresceu neste período.
Entender os novos desafios e antecipar de que forma sua organização pode se preparar fará com que sua empresa saia da pandemia em uma trajetória diversificada, utilizando os aprendizados – que não foram poucos – para gerar a agilidade necessária e se diferenciar no seu segmento.
Conheça os principais desafios e tendências para 2022 e se antecipe junto a líderes globais.
+++ Entender e lidar com o futuro do trabalho: híbrido e digital first
+++ Evoluir o relacionamento com colaboradores e consumidores: a experiência total
+++ Tornar dados e análises parte integrante do negócio
+++ Modernizar é decisão business-centric e deve ser uma ação contínua
+++ Contar com a resiliência e elasticidade da nuvem
+++ Otimizar as operações digitais para reduzir custos
Entender
Entender e lidar com o futuro do trabalho: híbrido e digital first
Inicialmente, o trabalho remoto forçado desorganizou empresas e fez com que diversos processos fossem adaptados para o virtual. Agora, porém, é momento para que líderes e times se realinhem e para que ferramentas de colaboração sejam adquiridas e colocadas em primeiro plano nas decisões. O futuro do trabalho é digital first – e, em times de tecnologia, preferencialmente remoto ou híbrido.
Ainda assim, outras mudanças culturais e adaptações devem acontecer, à medida que a jornada de trabalho fica mais flexível e experimentos para entregar a melhor experiência para o funcionário vão acontecendo.
+++ Em 2021, 53% das organizações já estão orientadas para o digital first. 51,3% têm a experiência digital em seus roadmaps e 44,7% inclui o tema em seus planos de transformação a longo prazo.
IDC WW DX Sentiment Survey 2021
+++ No Brasil, 43% das empresas definiram adotar um modelo híbrido pós-pandemia.
Pesquisa realizada pela IDC Brasil para Google Cloud, maio/2021
Cenário atual
Além do desafio da pandemia, a escassez de talentos nos times de tecnologia fez com que as empresas buscassem colaboradores em outras regiões e até em outros países. Dessa forma, as organizações estão considerando como lidar com uma força de trabalho híbrida e remota, gerenciando todo seu ciclo de vida, do onboarding ao desligamento, considerando gestão, integração e benefícios.
Por onde começar
Implementar metodologias agile, scrum e outras em escala, favorecendo a comunicação e o desenvolvimento de projetos de forma não presencial com a cultura DevOps. Investir em ferramentas que contribuam para o desenvolvimento colaborativo e remoto com segurança.
Resultado
Somente automatizar processos e atualizar sistemas nem sempre é suficiente. Em uma indústria de revestimentos, o projeto de modernização do legado evidenciou a necessidade de se criar uma esteira DevOps, provocando uma mudança na cultura de desenvolvimento. Em paralelo ao projeto de automação dos sistemas, a ilegra realizou workshops e treinamentos, com implementação de cerimônias para impulsionar o engajamento dos times de tecnologia. O movimento gerou diversos impactos positivos, aumentando a agilidade das entregas e refletindo na satisfação do cliente.
Leitura complementar: Cloud office, tecnologia e cultura devem trabalhar juntas para gerar inovação e competitividade
experiência total
Evoluir o relacionamento com colaboradores e consumidores: a experiência total
Quando uma estratégia de experiência total é executada com harmonia e sincronicidade, a empresa consegue entregar experiências realmente transformadoras e memoráveis para consumidores, colaboradores e todos os usuários de produtos e serviços digitais. Segundo a Gartner Consultoria, experiência total unifica quatro disciplinas: CX, UX, EX e MX (multiexperiência).
A consultoria prevê que as organizações que investem em experiência total superarão os concorrentes nas principais métricas de satisfação até 2023.
+++ Em 2026, 60% das grandes organizações usarão experiência total para transformar seus modelos de negócio, tornando advogados da marca os consumidores e colaboradores que mais performam.
12 Trends Shaping the Future of Digital Business, Gartner Consultoria
Cenário atual
O isolamento social dos últimos dois anos provocou mudanças profundas não só no comportamento dos colaboradores, mas também dos consumidores. Novas formas de comprar e novos modelos de trabalho fazem com que o relacionamento entre funcionários, clientes e empresas seja prioritariamente digital e evidencia a importância de uma estratégia multicanal.
Por onde começar
Considerar a experiência dos dois públicos nos novos modelos de negócio, oferecendo ferramentas adequadas para que todos possam se relacionar com a empresa de forma híbrida, abrirá mercados e atrairá talentos.
As organizações precisam de uma estratégia de experiência total conforme as interações se tornam mais móveis, virtuais e distribuídas. Pesquisas, análises de mercado e concorrentes e o mapeamento de jornadas colaboram para entender os diferentes públicos, garantindo vantagem competitiva.
Resultado
Soluções que consideram a experiência omnichannel do consumidor também impactam os funcionários. Quando o colaborador está mergulhado em tarefas operacionais e no atendimento, não tem tempo para atuar de forma estratégica. Em contrapartida, quando motivados e inseridos na transformação digital da empresa, a força de trabalho cria soluções melhores e mais assertivas, além de ter foco em entender e atender seus clientes.
No entanto, investir em tecnologia apenas pela inovação não é a decisão mais correta, pois, em vez de facilitar, elas podem tornar a experiência do cliente mais complicada. Um critério-chave é se a tecnologia ajuda a reduzir os esforços do cliente e colabora para as entregas da força de trabalho. Para isso, é fundamental responder a algumas questões para criar um planejamento de negócios digitais e de relacionamento multicanal: quais segmentos de clientes serão impactados, quais categorias de produto serão incluídas e que canais serão cobertos, entre outras.
Leitura complementar: Estratégias que integram experiência do colaborador e do cliente impulsionam transformação digital que gera resultado
dados e análises
Tornar dados e análises parte integrante do negócio
Uma nova realidade de dados abertos e compartilhados não traz apenas oportunidades, mas uma série de desafios. Alguns setores já se movimentam em iniciativas de open data, mas, independentemente do mercado, extrair valor dos dados se torna fundamental para criar soluções inteligentes e garantir competitividade.
Os times de TI, nesse caso, têm a responsabilidade de criar ferramentas que alimentem as equipes de negócio com dados confiáveis, estruturados e enriquecidos, capazes de orientar a melhor decisão.
+++ Até 2023, mais de um terço das grandes organizações terão analistas praticando inteligência de decisão (decision intelligence – DI), incluindo modelagem de decisão.
12 Trends Shaping the Future of Digital Business, Gartner Consultoria
Cenário atual
Falar que os dados são o novo petróleo não é novidade. Muitas empresas já acumulam e agrupam dados, numa cultura data-driven. Porém, para extrair verdadeiro valor comercial dessas informações, é necessário garantir que sejam confiáveis e enriquecidas a partir de diferentes bases.
Por onde começar
O grande desafio inicial é construir uma arquitetura de dados que consiga suportar todas e quaisquer fontes, sejam elas conhecidas ou ainda desconhecidas, com informações estruturadas e não estruturadas.
A partir disso, parte-se para a automação do processo de extração de dados. E, caso necessário, é feita a migração e armazenamento de dados em cloud, com princípios de governança, segurança e compliance.
Com dados estruturados, integrados e enriquecidos, é possível contar com inteligência de decisão para conduzir o negócio de forma mais assertiva, fazendo escolhas precisas e replicáveis.
Resultado
Diferentes segmentos se beneficiam de dados estruturados. Um clube de futebol brasileiro contratou a ilegra para criar um Data Lake e automatizar a extração dos dados, dando visibilidade para as informações. Além disso, foi criada uma arquitetura cloud que otimizou os custos da empresa. Como consequência, o clube lançou novos produtos, como uma venda de ingresso que possibilitou a entrada no estádio sem carteirinha, aumentando a venda de tíquetes e, por consequência, o público no estádio.
Leitura complementar: Como utilizar seus dados de forma inteligente em iniciativas de open data
modernizar business-centric
Modernizar é decisão business-centric e deve ser uma ação contínua
Em um cenário de aceleração da transformação digital e de modificação de hábitos e comportamentos, os sistemas legados se tornaram um problema a ser enfrentado, pois impactam no tempo de inovação da empresa e na experiência omnichannel dos consumidores, além de dificultar a atração de talentos de tecnologia.
No entanto, a decisão de parar de investir no sistema legado para enfrentar um projeto de modernização deve ser centrada no negócio; concentre-se nos recursos que são core business, em vez de focar nas plataformas mais antigas.
+++ Os débitos técnicos de sistemas legados continuarão se somando aos já existentes; em 2025, estarão consumindo mais de 40% do budget de TI. E mais: até 2025, 90% dos aplicativos atuais ainda estarão em uso, e a maioria continuará a receber investimento insuficiente em modernização.
Application Modernization Should Be Business-Centric, Continuous and Multiplatform – Gartner Consultoria.
Cenário atual
Líderes de tecnologia fazem a gestão de inúmeras plataformas e sistemas; porém, a quantidade de ativos tecnológicos da empresa gera dificuldade de gerenciamento, provocando acúmulo de débitos técnicos e falta de energia e investimento devidos em modernização.
Por onde começar
Entender quais recursos são fundamentais para o negócio e se concentrar em sua modernização. Nesse caso, é importante considerar todas as aplicações que dão suporte a esses recursos, em todas as plataformas – em vez de focar esforços em um aplicativo específico. Na maior parte das vezes, a idade do ativo não é o critério de escolha.
Além disso, considere todo o ciclo de vida do produto em seu projeto de modernização. No contexto tecnológico, sempre existirão débitos técnicos, pois constantemente surgem novas ferramentas e metodologias mais modernas em todas as áreas. Portanto, é necessário seguir evoluindo as soluções modernizadas, e considerar isso no planejamento do produto evita a crença de que não há orçamento para atualizações futuras.
Resultado
Definir o projeto de modernização como parte de uma decisão de negócio gera resultados de médio e longo prazo. Uma importante cooperativa de crédito entendeu que as tecnologias defasadas atrasavam o crescimento de novos negócios do core bancário. A plataforma robusta que foi desenvolvida proporcionou disponibilidade em tempo integral para o cooperado, garantindo sustentação aos planos da cooperativa.
Leitura complementar: 4 motivos para investir na modernização do seu sistema legado
resiliência da nuvem
Contar com a resiliência e elasticidade da nuvem
A nuvem garante disponibilidade dos dados e escalabilidade dos negócios, colabora para a redução de custos de hospedagem e acelera a inovação, possibilitando novos modelos de negócio. Durante a pandemia, essas características se mostraram fundamentais para a manutenção das organizações.
Porém, migrar dados e aplicações não torna seu produto digital nativo da nuvem. Para realmente obter os benefícios citados, é importante considerar a cloud computing, modernizando os aplicativos para o novo ambiente.
+++ Em 2025, plataformas nativas da nuvem servirão como base para mais de 95% das novas iniciativas digitais – contra menos de 40% em 2021.
12 Trends Shaping the Future of Digital Business, Gartner Consultoria
Cenário atual
O mercado está olhando para as características da nuvem, em especial para dar escalabilidade para os negócios. No entanto, investir em migração mantendo premissas, gerenciamento e processos de sistemas legados, impossibilita a totalidade dos benefícios – e ainda impacta a segurança.
Por onde começar
Investir em uma estratégia de governança e em planejamento evitará inúmeros problemas relacionados à segurança e a custo. Um erro relativamente comum é considerar que qualquer aplicação pode ser migrada, sem considerar como irá impactar seu desempenho e a experiência do usuário.
São inúmeros os fatores que envolvem cloud computing, e entender como eles impactam o seu negócio e as características de seus produtos irá colaborar para o direcionamento correto entre as alternativas possíveis, como migrar lift and shift para a nuvem ou modernizar cloud-based.
Resultado
Uma gigante mundial do setor de tecnologia adquiriu uma empresa brasileira líder em seu segmento cujo principal produto é um software de gestão. O sistema precisava ser instalado no desktop do usuário, o que impactava a velocidade de ativação de novos usuários e também de testes e lançamento de novas funcionalidades. Junto com squads de desenvolvimento da ilegra, a organização está recriando sua plataforma baseada em nuvem, com código atualizado, acelerando o time to market de inovações e o aumento da base de clientes.
Leitura complementar: Estratégias de arquiteturas e migração para cloud: como escolher a certa?
digitalops
Otimizar as operações digitais para reduzir custos
Gerenciar pessoas, processos e diferentes tecnologias em direção a um resultado comum, especialmente em grandes organizações, não é tarefa simples. A relação híbrida forçada dos últimos anos acelerou ainda mais a procura por soluções digitais que facilitem essa operação. Por isso, têm surgido novas áreas que agregam metodologias ágeis, voltadas à criação de fluxos contínuos e constantemente aprimorados, em busca da excelência operacional e redução de custos.
+++ 60% dos conselhos de administração de todo o mundo estão buscando melhorar a excelência operacional por meio de soluções digitais.
Gartner’s Global 2021 Board of Directors Survey
Cenário atual
Para acompanhar as novas necessidades de relacionamento híbrido ou remoto com clientes e força de trabalho, as empresas tiveram que investir em soluções de tecnologia em busca de agilidade, automação e inteligência nos processos. No entanto, implementar a transformação de forma repentina provocou desperdícios e dificuldade em escalar e em reutilizar. Percebe-se que há desperdícios, baixa integração e pouco reuso em todas as fases do desenvolvimento e operação de produtos digitais, desde pesquisa à concepção e à entrega.
Por onde começar
A maturidade das operações digitais é um indicador relevante do quão desafiador será para uma organização implementar uma estratégia eficaz para a excelência operacional. Essa avaliação leva em conta fatores como investimento em soluções tecnológicas, cultura da inovação, cultura organizacional e governança, além das habilidades do time e do engajamento da liderança.
Resultado
Iniciativas voltadas para a gestão das operações, entre elas ReseachOps, DesignOps e DevOps, impactam diretamente a inovação (InnovationOps). Além disso, criam uma série de benefícios, entre eles: redução de custo operacional; aumento da eficiência, principalmente com ferramentas de automação e a otimização de tecnologias e colaboração de pessoas; melhores experiências para o cliente, aumentando as taxas de retenção; aprimoramento da gestão de mudanças, evitando a presença de silos dentro da organização.
Leitura complementar: Automatização de processos, quatro pontos importantes para considerar antes de implantar uma tecnologia