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ResearchOps: gerenciamento de processos para colocar a pesquisa em movimento

Iniciativas voltadas para a gestão das operações impactam diretamente a inovação e criam uma série de benefícios. Confira.

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Gerenciar pessoas, processos e diferentes tecnologias em direção a um resultado comum, especialmente em grandes organizações, não é tarefa simples. A relação remota ou híbrida dos últimos anos acelerou ainda mais a procura por soluções digitais que facilitem essa operação. Por isso, têm surgido novas áreas que agregam metodologias ágeis, voltadas à criação de fluxos contínuos e constantemente aprimorados, em busca da excelência operacional e redução de custos.

Dentro do design, a operação de pesquisa – ResearchOps – resume todas as etapas táticas e logísticas que precisam ser realizadas para que a pesquisa aconteça. Nesse sentido, ResearchOps não é só um grupo de templates ou processos descritos. É cultura, autonomia e conhecimento.

Segundo o Nielsen Norman Group, a prática de ResearchOps se concentra em processos e medidas que apoiam os pesquisadores no planejamento, condução e aplicação de pesquisa de qualidade em escala.

“ResearchOps são pessoas, mecanismos e estratégias que colocam a pesquisa em movimento. Por meio desse sistema, é possível fornecer as funções, ferramentas e processos necessários para apoiar os pesquisadores na entrega e no dimensionamento do impacto desse serviço em uma organização.”
(Kate Towsey, ReOps+ Community).

 

Benefícios do ResearchOps

Iniciativas voltadas para a gestão das operações impactam diretamente a inovação. Além disso, criam uma série de benefícios. Veja a seguir alguns resultados do ResearchOps para os negócios.

+++ Elimina ineficiências com atividades de pesquisa e implementa estratégias operacionais para garantir que a pesquisa seja consistente, reproduzível, confiável e de alta qualidade;

+++ Democratiza a pesquisa dentro de uma organização, para que as equipes multifuncionais tenham autonomia para participar, colaborar, se envolver e compreender os clientes;

+++ Socializa os insights de pesquisa, para que eles sejam acessíveis a uma organização e que os indivíduos tomem decisões deliberadas com base nos insights do cliente;

+++ Elimina o desperdício financeiro com pesquisas semelhantes ou idênticas que são realizadas por equipes de diferentes produtos/áreas da companhia.

 

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Afinal, o que ResearchOps faz na prática?

Quem trabalha com operações de pesquisa é responsável por uma série de ações que visam a padronização de processos e a facilitação da rotina e da atuação dos pesquisadores. Abaixo, seguem as principais ações dessa área, segundo o Nielsen Norman Group, cujo modelo seguimos na ilegra:

+++ Padronizar métodos de pesquisa e documentação de apoio (por exemplo, scripts, modelos e formulários de consentimento e recrutamento) para economizar tempo e permitir a aplicação consistente entre as equipes;

+++ Recrutamento e gerenciamento de participantes de pesquisa em estudos;

+++ Garantir que a ética da pesquisa seja compreendida e mantida por pesquisadores individuais em todos os estudos;

+++ Educar parceiros da equipe de pesquisa e lideranças sobre o valor da pesquisa do usuário;

+++ Gerenciar percepções de pesquisa do usuário e tornar os dados acessíveis em toda a equipe e na organização;

+++ Divulgar histórias de sucesso e garantir que o impacto geral da pesquisa do usuário seja conhecido.
 


 

Inspirações internacionais


“(É um desafio) escalar uma equipe com recursos limitados para fornecer cobertura abrangente para uma função de pesquisa de rápido crescimento e ritmo acelerado.”

Tim Toy, ResearchOps Manager

 


“A centelha por trás das operações de pesquisa em escala é reconhecer e comunicar a necessidade o mais rápido possível. Quanto mais você demora para fazer isso, mais difícil se torna ampliar o valor do seu investimento em pesquisa.”

Kari Peters, Senior User Experience Researcher

 


“O escopo potencial do ResearchOps é vasto e, portanto, requer trabalhar em estreita colaboração com a equipe para entender suas necessidades e para desenvolver e comunicar um plano de ataque que seja realista para a estrutura operacional existente e flexível o suficiente para evoluir com as necessidades da organização.”

Lucy Walsh, ResearchOps Lead

 

Case de ResearchOps: potencializar a execução e disseminação de pesquisas

Uma das maiores holdings de ensino superior do Brasil estruturou sua área de pesquisa para padronizar processos, nutrir os times, organizar e difundir informações e, acima de tudo, potencializar e trazer mais governança na execução e disseminação da pesquisa. O projeto ainda gerou à organização uma melhor otimização dos investimentos.

O assessment realizado pela ilegra buscou:

+++ Estruturar a cultura de pesquisa, entendendo as necessidades, desafios e problemas do usuário;

+++ Construir e garantir a gestão do conhecimento, organizando os aprendizados e proporcionando uma distribuição escalável dos insights, preparando, assim, a implantação consistente da disciplina de ResearchOps.

Projeto para uma das gigantes do ensino superior ajudou a estruturar a área de pesquisa e fortalecer internamente o conceito de ResearchOps.

Entendendo o atual contexto da organização e prevendo a necessidade de adaptações a possíveis mudanças, dentro de uma linha evolutiva e incremental, o time de especialistas em pesquisa, UX e design estratégico da ilegra atuou junto com profissionais internos para definição de boas práticas e direcionamentos do trabalho, iniciando o processo de estruturação da área de pesquisa e evoluindo o negócio.

A área de ResearchOps na instituição passou a se organizar em três frentes de atuação que garantirão, a partir de agora, a evolução de seu ecossistema de pesquisa. São eles: cultura e formação, operacional de pesquisa e organização dos resultados.

Cultura e formação: A(s) pessoa(s) do time de ResearchOps, juntamente aos outros Leads de UX, deve ser responsável por ser um guardião da cultura de UX, organizar as sessões de mentoria (treinamentos) e prover auxílio técnico para aqueles que hoje executam pesquisa.

Operacional de pesquisa: Na parte Operacional, o time/pessoa de ResearchOps pode auxiliar tecnicamente os executores de pesquisa, contribuindo com entendimento do problema, escolha da metodologia, mentoria para realização das análises e compartilhamento dos achados de pesquisa.

Organização de resultados: Embora o repositório deva ser alimentado por todos aqueles que executam pesquisas, o time/pessoa de ResearchOps é responsável por revisar e garantir os padrões da documentação, assim como por disseminá-los e iterá-los. A partir de um olhar estratégico sobre esses resultados, no futuro o time pode ser responsável por realizar pesquisas mais estratégicas para a companhia.

 

Com a finalização do assessment, a ilegra também indicou ferramentas e processos para estruturação da área, bem como um roadmap para a criação de uma área de ResearchOps estratégica.

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