Escrito por ilegra,
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Trabalho remoto: como adaptar entrevistas, testes e dinâmicas
A rotina da área de UX Design pode seguir facilmente a distância, desde que observados alguns fatores determinantes, como ferramentas e processos.
O trabalho remoto traz uma série de benefícios, tanto para a empresa quanto para a equipe. É necessário, entretanto, saber como operar e conduzir as demandas de forma eficiente, evitando dispersões.
Para inúmeras organizações, a cultura do trabalho remoto já é realidade há anos. No entanto, o isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19 distanciou de forma forçada profissionais de seus escritórios, exigindo que negócios se preparassem rapidamente para que as atividades fossem executadas a distância.
Débora Costa, UX Designer Lead na ilegra, indica algumas soluções para contornar desafios encontrados por aqueles que passaram a atuar de forma remota repentinamente.
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Atitudes simples para se manter próximo
Quem está habituado com a rotina de escritório, pode se sentir afastado dos colegas e das demandas no trabalho remoto. Por isso, ações simples podem nortear o dia a dia do trabalho, como dar bom dia via chat, repassar o que será feito ao longo do expediente, dar visibilidade para a evolução das atividades (por meio de relatórios ou e-mails de acompanhamento) e se despedir ao final da jornada (avisando que não está mais disponível).
Além disso, escolher um canal comum para a comunicação entre a equipe também é essencial. Plataformas como Dicord, Google Meeting e Zoom estão entre as mais populares.
No caso de dinâmicas, workshops ou palestras, o importante é fazer alguns acordos prévios. O primeiro deles é colocar o celular no silencioso, pois distrações no momento da condução desses eventos atrapalham a comunicação e são mais comuns do que deveriam. Vale lembrar que “microfones abertos” são a grande pandemia dos eventos online.
Em eventos maiores ou com a participação de pessoas de fora da empresa, deixar a câmera aberta se torna uma maneira de aproximar os participantes e reduzir a sensação terrível de “aula online”. Escolher alguém para mediar o chat, fazendo dele um canal aberto de comunicação, ajuda a incentivar a colaboração sem interromper o interlocutor. E, falando em comunicação, apresente-se ao falar e solicite que todos façam o mesmo – com nome e empresa, se necessário.
As entrevistas no ambiente remoto
Vale a pena lembrar que os recrutamentos feitos remotamente funcionam do mesmo modo que os presenciais. A parte mais importante, nesse caso, é indicar para o entrevistado quais ferramentas e aparelhos ele precisará no dia da conversa. Separe alguns minutos iniciais para explicar como funcionará a entrevista e, claro, peça autorização para gravar.
Planeje-se com antecedência montando seu screener, isto é, um formulário que ajudará a definir quem é seu entrevistado. Aqui, incluímos informações como faixa etária, conhecimento tecnológico, entre outros. A escolha da ferramenta é importante também – deve ser algo acessível para todos os entrevistados.
Algo que precisa ser lembrado é a importância de um plano B, ou seja, o seu “estepe” para o caso de algum imprevisto.
Adaptação de testes
Aqui, valem as mesmas indicações das entrevistas, mas com um acréscimo: é preciso definir o perfil tecnológico de seus testers para escolher a ferramenta que será utilizada – e isso nem sempre é tarefa fácil, pois algumas são pagas e precisam ser bem testadas antes.
Por isso, separe alguns dias para esse passo: desde a procura, escolha, teste e definição. Atente-se ao navegador suportado e ao sistema operacional.
Com a ferramenta escolhida, faça uma lista de como ela deve ser utilizada e confira esses pontos durante o recrutamento. Por ser um teste remoto, essa tarefa deve ser realizada com uma antecedência segura. Também é importante enviar previamente um e-mail com informações, como horário, margem de atraso, equipamentos e instruções para utilizar a ferramenta, se necessário.
Ao conduzir o teste, peça para que o tester autorize a gravação e, depois, solicite que ele repita isso já com a gravação acontecendo. Indicar que ele “pense em voz alta” pode ajudar a compreender melhor a trajetória necessária para realizar uma atividade. O restante do teste é conduzido normalmente. Mantenha-se disponível para sanar possíveis dúvidas que surjam.
Vale destacar que existem diversas plataformas que podem ajudar nessa jornada. Figma, Sketch, Adobe XD e Invision são algumas para protótipos. Já no caso de testagens, podem ser utilizadas Playbook, UserBrain, LookBack e Team Viewer.
Dicas gerais
Organização
Montar uma tabela é útil para se organizar. Nela, você pode controlar diversas informações, como horário, nome, profissão, e-mail e telefone.
Equipamentos
Conexão a uma rede de internet de qualidade pode poupar inúmeros problemas. Aderir a plataformas de chamadas de vídeo com opção para gravação de tela e voz é essencial. Aparatos de agendamento e anotações também são bem-vindos.
Agendamento
Utilize agendas colaborativas, assim o entrevistado e o entrevistador terão acesso atualizado a data, horário, plataforma para a chamada e outros detalhes. Tome cuidado com diferenças de fuso horário.
Problemas técnicos
Tenha em mãos um par extra de fones de ouvido. Certifique-se de que o celular está carregado: ele pode servir de gravador ou substituir a chamada de vídeo, em caso de problema. Esteja pronto para mudar de plataforma, se for necessário.
Telefone
Pode ser uma alternativa, caso nenhum dos recursos por vídeo tenha dado certo. Lembre-se de gravar a ligação, o que pode ser feito pelo próprio celular ou por meio de aplicativo.
As recomendações acima refletem as melhores práticas e ferramentas adotadas por empresas no contexto atual, momento em que todos enfrentam grandes transformações, tanto de tecnologia quanto de processos, e encaram um ritmo acelerado para adaptação de seus diferentes modelos de negócio.
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